DESENHOS DE CURA

 

A exposição mostra o resultado de uma parceria na concepção compartilhada da ação de desenhar. “Por enquanto somos dois, não somos iguais nem parecidos. Somos duas pessoas em processo de criação artística e estamos unidos pela ideia de que o desenho é uma prática comum por meio da qual nos mantemos inventando e criando possibilidades de mover nossos corpos para além dos entraves da coerção social a que estamos submetidos nesta era do capitalismo de captura e manipulação das nossas subjetividades e direitos. Ao desenhar abrimos sendas por onde nos deslocamos entre mundos possíveis e desejados”.

Marta Penner da Cunha

“A cura é uma necessidade urgente para restabelecer parte ou mesmo a completude de algo ou de si. A vida traz em si mesma essa necessidade de recuperação incessante, pois vivemos gastando o tempo, decompondo a matéria e experimentando situações de perigo, acidentes, aventuras, casualidades que aos poucos nos desgastam e reduzem nossa disposição para ação e exercício das funções iniciais que nos foram dadas na origem de nossa própria vida. Dessa forma a cura é um desenho que se faz na busca permanente de uma autorrecuperação”.

Sandoval Fagundes

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